A doença de Alzheimer é uma condição que afeta aproximadamente 1,2 milhão de pessoas no Brasil. São 100 mil novos casos diagnosticados por ano. Conhecer os fatores de risco é fundamental para a adoção de medidas que podem ajudar a retardar de forma significativa o surgimento e o avanço da demência.
Estudo publicado na revista científica The Lancet aponta que cerca de 45% dos casos de demência no mundo poderiam ser prevenidos ou adiados. Realizada por especialistas de diversos países, a pesquisa acrescentou 2 fatores de risco à lista de 12 já listados e que poderiam reduzir o risco para demências.
Uma vez identificada a doença, cabe reforçar que a velocidade de sua progressão varia bastante. Pessoas com Alzheimer podem sobreviver por mais de 20 anos após o diagnóstico. O curso da demência depende, em parte, da idade do paciente no momento da detecção, do seu estilo de vida e condições de saúde.
Um aspecto importante é que, cada vez mais, as pesquisas sobre Alzheimer vêm avançando. Além disso, há uma ampla discussão quanto ao impacto da doença sobre os familiares, cuidadores e ecossistema de saúde, o que contribui para novas iniciativas nesse sentido.
Fatores de risco associados à Doença de Alzheimer:
Colesterol alto (novo*)
Perda de visão (novo*)
Baixo nível educacional
Consumo excessivo de álcool
Depressão
Diabetes
Falta de atividade física
Falta de contato social
Hipertensão
Lesões graves na cabeça
Obesidade
Perda de audição
Poluição do ar
Tabagismo
*Colesterol alto e perda de visão são os dois novos fatores de risco associados à demência identificados por pesquisadores, incorporados à lista dos 12 previamente reconhecidos pela Comissão Lancet em 2020
Estágios da Doença de Alzheimer
Inicial: no estágio inicial, a pessoa pode viver de forma independente. Ela ainda pode dirigir, trabalhar e participar de atividades sociais
Dificuldades comuns incluem:
Encontrar a palavra ou o nome certo
Lembrar nomes quando apresentados a novas pessoas
Ter dificuldade em realizar tarefas em ambientes sociais ou de trabalho
Esquecer material que acabou de ler
Perder ou extraviar um objeto valioso
Enfrentar cada vez mais dificuldades com planejamento ou organização
Intermediário (moderado): é tipicamente o mais longo e pode durar muitos anos. Conforme a doença progride, a pessoa com Alzheimer exigirá um nível maior de cuidado
Dificuldades comuns incluem:
Esquecer-se de eventos ou da história pessoal
Sentir-se mal-humorado ou retraído, especialmente em situações social ou mentalmente desafiadoras
Ser incapaz de lembrar informações sobre si mesmo, como endereço ou número de telefone, além da escola ou faculdade que frequentou
Sentir confusão ao responder sobre onde está ou que dia é
Precisar de ajuda para escolher roupas adequadas para a estação ou ocasião
Ter dificuldade para controlar a bexiga e o intestino
Experimentar mudanças nos padrões de sono, como dormir durante o dia e ficar inquieto à noite
Avançado (grave):
os indivíduos perdem a capacidade de responder ao seu ambiente, de manter uma conversa e, eventualmente, de controlar o movimento
Dificuldades comuns incluem:
Precisar de assistência 24 horas por dia, com cuidados pessoais diários
Perder a consciência das experiências recentes e também do ambiente ao redor
Experimentar mudanças nas habilidades físicas, incluindo andar, sentar e, eventualmente, engolir
Tem dificuldade de comunicação
Tornar-se vulnerável a infecções, especialmente pneumonia.
Fontes: Ministério da Saúde e Alzheimer’s Association